Autenticação: a pedra no sapato do comércio eletrônico
Autenticar é garantir, buscar a certeza, identificar evidências de que aquela pessoa (ou aquela empresa) é verdadeiramente quem diz ser. Destaco pessoa e empresa porque é o mais comum. Mas a definição vale para qualquer elemento. Queremos ter a confiança de que aquele elemento é realmente o elemento que pensamos que ele é.
No comércio eletrônico isto se torna crítico. Na realidade, no mundo da tecnologia a autenticação é crítica. Por exemplo, no Serviço Facebook. Autenticamos um perfil que se apresenta como o perfil de uma pessoa que conhecemos apenas porque tem uma foto dela e umas poucas informações. Rigorosamente, é uma autenticação fraca. Facilmente um criminoso pode montar um perfil de um amigo nosso com informações e fotos existentes na internet.
Porém, no Comércio Eletrônico existe uma transação comercial que normalmente envolve venda e transferência de valores. Neste caso, o consumidor quer ter a certeza de que aquela tela que aparece de uma determinada organização é realmente daquela organização. Por sua vez, a empresa quer saber se o consumidor é realmente aquela pessoa que se diz ser.
A necessidade de rapidez em uma compra é fundamental. Uma demora a mais pode fazer com que o consumidor desista de uma compra no Comércio Eletrônico. Não podemos nos enganar, mais segurança significa mais controles e, consequentemente, mais tempo.
Alguns serviços prestados por empresas de pagamento assumem o risco para a organização, mas mesmo assim, o risco continua existindo.
Uma das maneiras de minimizar estes riscos e aumentar a qualidade da autenticação é a utilização de meios de comunicação em paralelo à Internet. Hoje, temos além da Internet, a telefonia celular, o rádio, a televisão digital e vários outros meios que usados em conjunto podem apresentar uma maior segurança e um atendimento mais personalizado. Entendo que em pouco tempo teremos novidades no casamento destes meios para uma melhor autenticação do usuário. Algumas empresas começam a demonstrar estas possibilidades. Torço para que tudo isto tenha sucesso.
Como consumidor eu quero rapidez, privacidade e segurança nas transações no mundo do Comércio Eletrônico. Tenho certeza de que a organização de Comércio Eletrônico também quer este conjunto de características.
As empresas de soluções de segurança precisam atender esta demanda com produtos eficientes e custo aceitável.
*Edison Fontes. Mestre em Tecnologia. Possui as certificações internacionais de CISM, CISA e CRISC. É consultor, gestor e professor de Segurança da Informação dos cursos de pós-graduação da FIAP. Compartilha seu conhecimento como colunista do site Information Week. Autor dos livros: Políticas e Normas para a Segurança da Informação (Editora Brasport), Clicando com Segurança (Editora Brasport), Praticando a Segurança da Informação (Editora Brasport), Segurança da Informação: o usuário faz a diferença! (Editora Saraiva) e Vivendo a Segurança da Informação (Editora Sicurezza). Atua na área de Segurança da Informação desde 1989.
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