Ciclo de Palestras da Empresa Júnior FIAP recebe Max Nolan falando sobre o festival SXSW
Como parte do Ciclo de Palestras promovido pela Empresa Júnior FIAP, estudantes da graduação assistiram, em 23 de abril, a palestra “Colisão de Mundos: o futuro apresentado no SXSW 2014”, de Max Nolan. O senior cultural strategist da Dervish Cultural Insight participou do festival entre 13 e 22 de março, em Austin, no Texas, fazendo uma curadoria dos destaques em Inovação e Tecnologia do evento na página da FIAP no Facebook.
De acordo com Max, a palavra-chave das principais novidades apresentadas no SXSW é “agilidade”: de que maneira usufruir ao máximo da tecnologia em menor tempo possível? Um dos maiores destaques foram as wearable Technologies, “a tecnologia que você veste”, explica o palestrante. O extremo de wearable a que pode se chegar é a tecnologia junto daquela “vestimenta” que nunca se perde: a pele. Sensores implantados no corpo já monitoram a saúde e avaliam a performance física de esportistas, além de conseguir controlar lesões.
Não só na pele, mas também na retina: lentes com realidade aumentada embutida já estão sendo estudadas. “Este tipo de tecnologia provocará um ‘boom’ no mercado tecnológico em saúde”, aposta Max, citando dados que comprovam seu palpite: em 2015, 500 milhões de pessoas e planos de saúde usarão a tecnologia com estes fins.
A tendência é que o virtual se funda à experiência real. “O corpo está se transformando em uma interface tecnológica. A tecnologia quer trazer sensações”, diz Max. Por isso o affective computing já é uma realidade. Nele, sistemas são sensíveis aos sentimentos e estados emocionais e, com isso, o inconsciente é decodificado.
Max também cita em sua palestra a projeção do professor Ito, do Massachusetts Institute of Technology (MIT): a Biotecnologia é a área mais promissora do futuro. Como alguns exemplos já em estudo, o palestrante cita tijolos feitos de organismos vivos, impressão de alimentos e multiplicação de células para a criação de uma carne de laboratório.
Ao final de sua fala, o senior cultural strategist da Dervish Cultural Insight lembrou que de nada adiantam estas inovações, esta definição do panorama futuro da inovação, sem educação de qualidade: “quanto a educação tem que mudar para acompanhar o futuro?”, questiona. Para que a mudança ocorra desde cedo, Max propõe o fomento do espírito “do it yourself” na educação infantil para que tudo se torne mais lúdico. “A tecnologia está disponível para todo mundo. No site codeacademy.com, por exemplo, qualquer um pode aprender a programar. Porém, no Brasil, a dificuldade é a falta de estímulo que no exterior é muito maior”, diz. A partir desta situação, Max afirma que “startups brasileiras são a tropicalização das ideias de fora”. “Acredito que o futuro já chegou, só está mal distribuído”, conclui.
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