MasterChef corporativo: a elegância faz a diferença
Confesso que diante de tantas demandas do dia a dia, o “MasterChef” não foi um programa que comecei a assistir por conta própria, mas despertou a minha atenção em função de comentários na roda de amigos, assim como entre alunos em sala: “Professora, libera a gente mais cedo para assistirmos ao MasterChef”. Comecei a acompanhar alguns episódios.
O que mais me chamou a atenção nessas abordagens foi o conteúdo dos comentários, relacionados ao comportamento dos participantes, em vez de falarem das comidas que estavam sendo criadas e feitas. Comecei então a fazer uma analogia com o mundo corporativo. Nesse contexto, assim como no programa, há uma competição onde a postura das pessoas é um diferencial, o que também é considerada na avaliação do desempenho dos profissionais nas empresas. A “elegância” faz toda a diferença! A elegância na forma de se relacionar com as pessoas e com o próprio trabalho.
Aqueles que estouravam com facilidade, mesmo diante da competência em produzir excelentes resultados, ou seja, comidas saborosas, não se mantiveram no programa. O prato podia até estar elegante, mas se o profissional não teve a elegância ao conduzir o seu trabalho, foi eliminado. O olhar dos avaliadores foi influenciado por essa postura ao degustar os pratos. Nas empresas, os excelentes profissionais também estão sendo vistos através da “lupa comportamental” dos líderes.
Por falar nisso, independentemente de ter um cargo de gestão, todos os profissionais precisam desenvolver a sua competência de liderança, a começar com a autoconfiança e auto liderança. A sua capacidade de lidar com situações de estresse com tranquilidade, assim como a habilidade em influenciar as outras pessoas em um trabalho de equipe, gerando sinergia para a conquista de resultados excelentes é ponto fundamental.
Outro ponto interessante é ver que o programa, um dos mais comentados atualmente no Brasil, atraiu a atenção dos diferentes públicos e teve como participantes pessoas de diversas culturas, onde os valores humanos foram universais. A ética e o respeito estavam sendo vistos, vividos e considerados pelos avaliadores de forma única.
Chegaram à final dois profissionais que deixam a sua marca, com autenticidade. Uma com liderança carismática, poder de influenciar o jurado através de sua empatia, capacidade de assumir riscos, humildade e simplicidade, cativando os avaliadores e telespectadores. Começou com medo de errar e, à medida que começou a entender que isso é humano e faz parte, evoluiu!
O outro chegou de forma irreverente e foi conquistando a maturidade, com abertura para aprender. A sua alegria e diversão foram suas companheiras. Houve envolvimento de ambos no jogo e uso de estratégias, até mesmo de cooperação genuína como fator de competitividade. O grande salto foi se desafiar em vez de derrubar o outro. Foco em si e no seu propósito. O brilho nos olhos e o entusiasmo foram energias constantes. O profissionalismo esteve sempre presente, com a elegância comportamental deixando a sua marca positiva.
Pense nisso e tenha atitudes inspiradas nos “reality shows do mundo corporativo”, produzindo deliciosos quitutes por onde você passar, na vida e na carreira, onde a elegância é o diferencial para o seu sucesso.
Abraços afetuosos!
Artigo publicado originalmente em Carreira e Sucesso na Catho
Suzanne Andrade é professora nos cursos de MBA da FIAP. Sócia-diretora da Andrade & Barros Consultoria. Facilita grupo de estudo na ABRH-SP sobre a “humanização das relações para a conquista de resultados organizacionais”, cujo tema escreve também em seu blog, em susanneandrade.com.br. Responsável pelo “Canal Humanizar” do youtube, onde posta vídeos sobre vida e carreira. É autora do livro “O Segredo do Sucesso é Ser Humano”.