Do terror no Bataclan ao oceano da vida

17 de novembro de 2015
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Nessa última sexta-feira 13, o mundo se chocou com o que poderia ser chamado de “Dia do Azar” para os franceses e pessoas de tantas outras nacionalidades presentes no Bataclan. Quando falo que é azar, a culpa recai sobre as pessoas que sofrem ou se prejudicam. Na verdade, o que aconteceu foi pela falta de alma entre muitos que tentam desumanizar o mundo. De forma “silenciosa” o mal entra por nossos países, por nossas cidades e casas.

Digo que é de forma silenciosa porque depois de tudo o que já aconteceu no mundo provocado pelo Al-Qaeda, como foi o atentado terrorista de 11 de setembro de 2011, o Estado Islâmico não só joga bombas, como fez no Bataclan e pelas ruas de Paris, matando mais de 120 pessoas, mas também por seduzir adolescentes que estão ao lado de suas famílias. Eles assediam as garotas, em um terrorismo psicológico silencioso, onde mora o maior perigo, dentro de nossas casas, através de redes sociais, como o Facebook. Do mesmo jeito que os policiais e cidadãos buscam os responsáveis pelas mortes no Bataclan, é fundamental buscarmos o cuidado com o fortalecimento das relações com as pessoas ao nosso redor.

Vamos mostrar e alertar sobre o mal, mas especialmente, buscar o fortalecimento para disseminar o bem. E foi isso que aconteceu em Paris, onde surgiu entre os cidadãos uma cooperação espontânea para se protegerem, com posts no Twitter e diversas formas para acolher as pessoas em suas casas, tirando-as do risco. Enquanto nas redes sociais acontece o terrorismo no silêncio, vamos usar a mesma ferramenta para falar mais alto, mensagens que ajudem a fortalecer os seres humanos, com solidariedade. E que seja esta a resposta ao mal: a formação de correntes do bem. E essa corrente aconteceu no mundo, que de forma perplexa, se solidariza, seja através de manifestações individuais ou por meio de representantes de outras nações.

E por falar em representações mundiais, no mesmo lugar em que aconteceu o último ataque terrorista, acontecerá a Conferência do Clima, na Cidade Luz, no próximo dia 30, onde são esperadas mais de 40.000 pessoas de 95 nações, na luta contra o aquecimento global.

Que esse encontro inspire outros, que tragam ações concretas para a paz no mundo, não só no clima referente à temperatura, mas, especialmente, nas relações humanas, onde precisa predominar o frescor com base em valores. Que Paris seja a Cidade Luz de inspiração, como um marco para a paz no mundo, para que os Bataclans da vida sejam espaços de alegria, diversão, com shows do bem.

Trago questões para a sua reflexão, querido leitor: o que você pode fazer para contribuir com a corrente do bem no mundo? Qual é a sua gotinha para fazer a diferença no oceano da vida? É nesse oceano que você, seus filhos e descendentes vão se banhar.

Abraços afetuosos,

Susanne Andrade é Escritora, Palestrante e Coach. Sócia-diretora da Andrade & Barros Consultoria. Leciona disciplinas sobre comportamento humano e coaching em MBA da FIAP, assim como na Universidade Petrobras. Facilita grupo de estudo na ABRH-SP sobre a “humanização das relações para a conquista de resultados organizacionais”, cujo tema escreve também em seu blog, em susanneandrade.com.br. Responsável pelo “Canal Humanizar” do youtube sobre vida e carreira. É autora do livro “O Segredo do Sucesso é Ser Humano” – Primavera Editorial.

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