Armazenamento em Cloud
Almir Meira Alves – professor dos cursos graduação e MBA da FIAP – responde sobre armazenamento em Cloud. 1. Segundo levantamento feito pela HPE, 77% da carga de trabalho está em uma cloud privada e apenas 23% em uma pública, quando a recomendação é encontrar o melhor mix de privada, pública e TI tradicional. Como fazer essa gestão e definir qual nuvem usar?Resposta: Quando uma empresa começa a discutir a opção de migrar parte de suas aplicações para a nuvem, alguns questionamentos aparecem. Primeiramente, é necessário conhecer muito bem “como a empresa está agora”. Isso significa que deve haver um nível de maturidade de processos de TI, que permita informar, com exatidão, o que pode ser migrado para a nuvem e o que não deve, para evitar que decisões precipitadas devam ser revistas pouco tempo depois. Essa decisão estratégica ajuda os gestores de TI a iniciar o procedimento de definição do tipo de nuvem a ser utilizada. Essa decisão tem muito a ver com a criticidade das aplicações e o nível de segurança a ser implementado na nuvem. Em um primeiro momento, os gestores podem ser levados a impor um alto nível de segurança, mas essa decisão pode comprometer o desempenho das aplicações em nuvem, uma vez que ao implementar mais controles de segurança, aumenta a complexidade de acesso às aplicações. Isso se faz muito notável nas aplicações móveis, que devem ser “auto-resolvidas” do ponto de vista de segurança. Neste caso, uma mudança nos controles de segurança pode implicar em atualizações nas aplicações de todos os clientes em mobilidade e essa atualização não realizada imediatamente pelos clientes.2. É possível listar as características de cada uma delas (privada, pública e tradicional) que ajude nessa escolha?Nuvem Pública: Neste tipo de nuvem, um provedor de serviços faz com que recursos, como aplicativos e armazenamento sejam compartilhados por vários clientes e entregues via internet. Estes serviços de nuvem pública podem ser livres e gratuitos, ou oferecidos em um modelo de assinatura, pagando pelos recursos utilizados.A nuvem pública surgiu para diferenciar esse formato do modelo padrão de infraestrutura de TI (infra interna) e também da nuvem privada, que é um centro de rede ou de dados de propriedade de apenas uma única empresa.Nuvem Privada: é um tipo de computação em nuvem que oferece vantagens semelhantes à nuvem pública, incluindo escalabilidade e self-service, mas por meio de uma arquitetura própria. Ao contrário de nuvens públicas, que prestam serviços a várias organizações, uma nuvem privada é dedicada a uma única organização.Nuvem Híbrida:A nuvem híbrida mescla o que há de melhor nas nuvens públicas (escalabilidade e custos baixos) e privadas (controle interno de dados extremamente sensíveis, como transações financeiras, por exemplo), oferecendo ganho tecnológico aos negócios.Também quando a empresa precisa ganhar escalabilidade devido ao crescimento do negócio, uma nuvem híbrida é a melhor solução. Assim, utilizam-se as soluções e equipamentos já existentes para montar uma nuvem privada e uma nuvem pública para obter os recursos de que a empresa não dispõe.3. Como encontrar o mix ideal entre as três?Há vantagens e desvantagens nos três tipos de nuvem. A nuvem híbrida, no entanto, se destaca por permitir que as empresas utilizem as vantagens de cada modelo de acordo com as suas necessidades. Ela satisfaz a demanda por espaço, velocidade e desempenho sem sacrificar a segurança ou o controle, que são valores tão importantes nos ambientes corporativos atuais.4. Porque não é recomendado concentrar a carga de trabalho em apenas uma delas?Por que a complexidade das operações de TI pede soluções que agreguem alta disponibilidade, segurança e acesso aos dados. Se somente um dos modelos de cloud for escolhido, existe uma grande possibilidade de que a estrutura escolhida não atenda bem a algum dos requisitos necessários para atender plenamente as necessidades da empresa. *Almir Meira Alves é professor dos cursos graduação e MBA da FIAP. Engenheiro Eletrônico pela UNESP, pós-graduado em Gestão Empresarial, mestre em Gestão de Tecnologia da Informação Aplicada pelo CEETEPS – Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Técnico em Telecomunicações pelo CEFET/SP. Possui curso de extensão em Criptografia e Segurança de Redes pelo Exército Brasileiro e pela UFF /RJ e de Mecatrônica pelo SENAI/SP.