A importância da prática: o ensino além da teoria
Aprender não significa apenas prestar atenção no conhecimento que está sendo recebido. É preciso estimular a autonomia do aluno durante o processo de aprendizagem.
Ensinar é um grande desafio, em todos os contextos. No Ensino Superior, há a necessidade de preparar os estudantes para atender as exigências de um mercado de trabalho cada vez mais competitivo e globalizado, o que não é fácil. Neste caso, os docentes devem procurar métodos pedagógicos que estimulem autonomia do aluno durante o processo de aprendizagem.
Assim, é possível considerar a aplicação do Project Based Learning (PBL – Aprendizagem Baseada em Projetos), que pretende auxiliar o estudante a fortalecer sua capacidade de resolver problemas e envolvê-lo no aprendizado, através do conteúdo teórico. Este método foi introduzido na década de 70 na Universidade de Maastricht (Holanda), em Newcastle (Austrália) e Harvard (Estados Unidos). No Brasil, foi implantado em 1993 na Escola de Saúde Pública do Ceará.
Esta metodologia de ensino busca usar problemas reais para estimular o desenvolvimento conceitual, procedimental e atitudinal. O objetivo é desenvolver habilidades de aprendizagem autônoma e de trabalho em equipe, favorecendo a adaptabilidade a mudanças, habilidade na solução de problemas em situações não rotineiras, pensamento crítico e criativo, compromisso e aperfeiçoamento contínuo.
Segundo o pesquisador Philippe Meirieu, aprender não significa apenas prestar atenção no conhecimento que está sendo recebido. É necessário efetuar operações mentais sobre um novo conceito e integrá-lo em uma estrutura antiga, modificando-a. Ou seja, o ensino precisa ir além da teoria.
No Brasil, já há faculdades que se preocupam em incluir o ensino prático em suas grades curriculares. O Centro Universitário FIAP realiza as challenges: cada ano de cada curso recebe um desafio para resolver durante o ano letivo. A challenge é quase sempre uma parceria com alguma empresa que traz um problema real da organização, e os alunos se propõem a encontrar uma solução.
Cada desafio é pensado especificamente para cada curso e cada ano. Durante o processo, os grupos recebem mentoria dos funcionários das empresas parceiras e dos professores. Neste ano, Natura, Vivo Keyd, IBM, Microsoft e Ford – dentre tantas empresas – foram algumas das que se juntaram à FIAP para propor desafios.
Por: Giulia Andrade
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